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. Vagas Palavras - Mistério...
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A minha vida tem 2 momentos:
Antes de ti e depois de ti, porque durante, apenas sonhei e acreditei na ilusão que foste um dia... realidade!
Lágrima Doce*
Inconscientemente... fazes me falta, sinto aquela ausência! De não ter os teus braços para me apoiar, de não ter a tua atenção para desabafar os meus receios desta fase complicada que se avizinha, de não te ter por perto, para sentir segurança naquilo que sou e que vou ter obrigação de proporconar ao meio que me rodeia.
Preciso tanto de ti como tu precisas do carinho, do amor e da afeição, que eu tenho para te dar.
Tenho a necessidade de te pedir um abraço, de te pedir um pouco de presença!
Tenho a necessidade de te conhecer!
Lágrima Doce*
Um dia quis conhecer o mais fundo de ti.
Mascarei-me de molécula de oxigénio e desfiz-me em pedacinhos para o vento não refilar o peso de memórias que transporto. E lá fui eu… devagarinho, despido, sentindo o palpitar da minha bolinha pequenina (my heart), fria de ausência.
Cheguei perto de ti e nem tive tempo para te olhar porque, de súbito, senti uma corrente que me puxava. Foi um turbilhão que demorou poucos segundos e só quando acabou percebi o que tinha acontecido.
Inspiraste-me.
Por momentos senti-me perdido. Mas logo me encontrei. Dentro de ti.
E veio mais uma corrente de ar que me empurrou ainda mais para dentro. No meio de tanto liquido viscoso, fui levado para o teu sangue. O teu coração bombeou-me e vagueei por todos os teus vasos arteriais. Percorri-te. Nadei com as vitaminas. Contigo.
És tão pequena. Mas ao mesmo tempo tão cheia. (como pode haver espaço para mim?)
Cheguei à bolsa preenchida com enzimas, proteínas, lipidos, glícidos e no meio daquela confusão, encontrei o desespero, e com força agarrei nele; levei-o comigo. Do lado esquerdo os glóbulos brancos destruíam a angustia que teimava em entrar.
Senti-me apertado nos teus capilares e vi, o meu redor escurecer... aumentando o ácido à minha volta, e ao entrar num novo vaso venoso fui levado até ao coração... Mais ao fundo estava o amor, velho, cansado, perdido.
Desfiz-me num pedacinho ainda mais pequeno e com jeitinho tirei a minha bolinha palpitante que me mantém vivo e coloquei-a com astúcia junto do amor. Harmoniosa, a bolinha aconchegou o amor e fundiram-se. Com jeitinho escrevi a palavra secreta: AMO-TE mas mais uma vez, de repente, fui levado. Não me deram tempo para me despedir de ti.
O teu coração lançou-me como se tivesse medo que ocupasse espaço em demasia, que deixasse algo mais do que meras lembranças, e cheguei novamente aos pulmões.
Espirraste e expulsaste-me para fora de ti.
Saí, incompleto. Ficas-te com o meu coração.
Eu sou feito de ti. Sou repleto de vestígios teus…E assim vivo, sem coração.
Só para que fiques a saber... entreguei-to, nesse frio dia.
Só quis ser o oxigénio que alimentava as tuas células, a energia que fazia bater o teu coração. Quis misturar-me com a hemoglobina presente no teu sangue e ser bombeado para todo o teu corpo. Tinhas de me renovar nos teus pulmões, mas deixaste que esta paixão se fosse transformando em ácido carbónico... e que eu fosse libertado através das tuas vias aéreas, para fora de ti, sob a forma de dióxido de carbono sem qualquer valor... sem qualquer qualidade.
Gasto!
Lágrima Doce*
A acidez do teu mergulho na minha vida está a corroer a minha alma!
Lágrima Doce*
- Olá! por aqui?
- Olá, sim vim dar uma voltinha com o meu namorado...
- Eu estou a trabalhar por aqui!
- Eu sei já me tinhas dito... Então vá, beijinhos e fica bem!
Cruzamo-nos...
O que raramente aconteceu desde à um ano atrás.
Quase não me quiseste ver, quase que a minha pessoa passou despercebida na tua memória. Olhas-te para mim, já como se nada interferisse na tua vida, naquilo que um dia sentiste por mim.
Cumprimentaste-me com um beijo gelado de ausência de afecção, de carinho, como se os 4 anos que viveste comigo nem tivessem existido.
Tens uma nova companhia à já dois anos e vejo que saí derrotado.
Quando acabamos, pensei certamente que um dia irias dar pela minha falta, por tudo o que te tinha dado, por tudo o que passamos, sentimos, vivemos juntos. Pensei que certamente não irias saber viver sem aquele carinho especial a que sempre tiveste direito. Mas agora revejo a realidade e dou-me como que por vencido.
Estás feliz... estás certa das tuas escolhas e sinto-me desiludido comigo mesmo.
Sinto que não fui capaz de dar-te tudo aquilo que precisavas durante o tempo que estiveste comigo. Como se outras pessoas fossem melhores do que eu.
Estou triste e tenho fugido deste pensamento...
Não me sinto capaz de fazer alguém feliz neste momento. Pois tenho a pesada sensação que aquilo que dou de mim não chega para fazer alguém sentir a minha ausência.
Sinto a falta de ouvir: preciso de ti...
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Depois de ti...
A minha vida mudou.
Ainda não encontrei a pessoa certa que me irá favorecer o esquecimento da pessoa que foste na minha vida. A mim custa-me ver que é dificil encontrar pessoas que estejam bem, que não sejam magoadas pela maneira como hoje em dia se ama. Um amor eterno passageiro que nos ilude e nos faz sonhar periodicamente.
Isto está tão deprimente, tal como os dias têm estado.
Tenho saudades de amar ainda que seja com esse amor gasto de si!
Sinto a falta de sentir: preciso de ti...
Lágrima Doce*