Saudades de um amor inocente que um dia vivi.
Agora… não encontro a paz que me levará a acreditar em qualquer pessoa que tenha intenções de me amar.
Estou perdido.
Sinto o meu coração como um puzzle de muitas peças que aos poucos se vão perdendo, e que num certo momento, quando mais precisarei dele para amar alguém, as peças ou se perderam ou já não se encaixam umas nas outras.
Tudo era mais fácil quando não tinha de pensar se devia ou não sentir algo, se estava a ir depressa demais, se devia me entregar mais. Raciocinar os sentimentos foi algo que se apoderou de mim como uma defesa. Amar alguém não chega. É preciso que a outra pessoa esteja preparada para nos amar também, que esteja livre de pensamentos, de sentimentos, de algo que se possa intrometer. É preciso haver disponibilidade, e sobretudo… maturidade.
Agora entendo porque os adultos dizem para as crianças, isto é complicado para entenderes. Talvez elas não criem monstros em pensamentos amorosos, talvez sejam mais puros, inocentes, livres, talvez se deixem levar por aquilo que sentem, e não têm necessidade de fugir, esperar, renunciar… talvez sejam espontâneas, verdadeiras… talvez sejam tudo aquilo que eu precisava de ser para encontrar novamente a estabilidade, a homeostasia, da felicidade, do amor…
Talvez por isso eu não me sinta mais criança, talvez por ter aprendido que raciocinar os sentimentos é uma fase transitória para o mundo adulto. E como eu raciocino tudo o que sinto.
Lágrima Doce*
P.S - Naturalidade? Zero!